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A gestão de projetos de Capex (Capital Expenditure) na indústria é um desafio que envolve múltiplas variáveis e a necessidade de uma coordenação eficaz entre diversas partes. Com a crescente adoção do Modelo BIM (Building Information Modeling), surgem novas oportunidades para otimizar essa gestão, embora existam limitações, especialmente em relação à influência do owner. Em muitos casos, o owner tem pouca influência sobre marcos e estratégias de fornecimento de grandes fornecedores OEM (Original Equipment Manufacturer), fazendo da fase de engenharia o primeiro ponto onde é possível exercer influência significativa.
Para que o BIM seja utilizado de forma eficaz, ele deve ser integrado como um parâmetro geral, conectado à Estrutura de Decomposição do Trabalho (EAP) e à documentação dos fornecedores OEM, além de estar alinhado com as práticas do AWP (Advanced Work Packaging). A EAP deve ser compatível com os sistemas utilizados, como SAP, permitindo um desdobramento contratual claro que estabeleça compromissos em conformidade com o caminho crítico do cronograma. Essa estruturação é fundamental para garantir que as áreas de engenharia, equipamentos, civil, montagem e comissionamento operem de forma integrada e eficiente.
Um ponto crucial na gestão de Capex é o empacotamento do escopo, que deve ser priorizado com base nas necessidades específicas do projeto. Isso implica uma atenção especial à construtibilidade e ao sincronismo das atividades. A negociação com fornecedores OEM para o fornecimento de matrizes BIM é essencial, assim como a implementação de uma estratégia para a gestão de importações e OPI (Open Package Inspection). Essas ações garantem que os componentes e informações necessários sejam entregues de forma oportuna, minimizando riscos de atrasos.
Entretanto, o mercado enfrenta desafios em relação ao uso do Microsoft Project como um integrador robusto para cronogramas complexos. Muitas empresas estão se voltando para soluções como o Oracle Primavera, que oferecem melhores funcionalidades para lidar com a complexidade dos projetos. As boas práticas de avaliação de rede, como o DCMA-14, são cada vez mais reconhecidas como essenciais para a eficácia do cronograma, permitindo uma gestão mais rigorosa das atividades e prazos. A sincronização dos marcos e atividades com o cronograma geral do projeto é vital para garantir que todos os stakeholders estejam alinhados.
Finalmente, o comissionamento é um aspecto crítico na gestão de projetos de Capex, onde a colaboração entre OEM e user leaders deve ser clara e bem definida. A criação de um plano de comissionamento robusto é fundamental para assegurar que todas as etapas sejam cumpridas conforme o previsto. Ao integrar o BIM desde a fase de engenharia e alinhar as políticas de aquisição com as necessidades do projeto, é possível não apenas maximizar os benefícios desse modelo, mas também garantir a entrega do projeto dentro do prazo e com a qualidade esperada. Dessa forma, uma abordagem integrada e colaborativa se torna essencial para o sucesso dos projetos na indústria.