- Seg. a Sex. das 08h às 17hs | Sáb. das 08hs às 12hs
- [email protected]
A humanidade teve a sorte de contar com alguns gênios à frente de seus tempos. Alguns deles se perenizaram em empresas ou institutos. Outros ficaram ligados aos seus próprios nomes, que, falados em voz alta, viraram sinônimos de adjetivos e mesmo estados de espírito. Aqui citamos desde já dois deles: Taiichi Ohno e Eliyahu M. Goldratt, bem como a turma do Manifesto Ágil.
Desde a virada do século, o mercado de gestão de projetos vem digerindo o manifesto ágil e seus desdobramentos nos projetos fora do universo de TI. Surgiram métodos híbridos, empresas desejando mudarem cultura ingerindo pílulas de agilidade, aplicações improvisadas e até o PMI mudando toda sua abordagem do PMBoK (*). Dentre tudo que se falou, a lembrança do quadro de Kanban com a coluna central do doing (em andamento) dinâmica e fluida nos remete à preocupação com o processamento do trabalho. A fila precisa andar.
De forma muito consistente, a adoção do Lean Construction (Last Planner System) vem sendo recomendada para proteger o projeto de atrasos no cronograma. Grosso modo, o agrupamento de atividades de acordo com suas naturezas, sua organização em um grande quadro de Pull Planning e o cuidadoso, meticuloso e exaustivo controle diário de qualquer desvio explicitam uma preocupação central: otimizar o fluxo de processamento do trabalho. A fila precisa andar, parte 2.
Vem à mente o garotinho na trilha da viagem da escola… do romance “A Meta”. Quem não lembra o porquê de a fila não andar? Goldratt conta a história, ocorrida ao acompanhar uma excursão alguns meninos em uma trilha, quando percebeu que sempre que um dos garotinhos (o mais lento) ficava para trás, ele precisava atrasar o grupo para esperá-lo. E resolveu colocá-lo na frente, tendo a epifania que resolveu o problema da fábrica do livro a Meta e inaugurou a teoria das restrições e o método da corrente crítica (CCPM/TOC).
O uso do termo “a fila anda” aqui torna-se literal. O método da corrente crítica elimina gorduras intermediárias e as transfere para um pulmão final, resolve restrições (tal qual o Last Planner System) e usa o modo mais tarde possível para todas as tarefas que não sejam as com menor folga. Fala de fazer uma coisa por vez, síndrome de estudante, lei de Parkinson… enfim, o fluxo.
LPS (baseado no sistema Toyota de Produção), CCPM/TOC e Agile possuem convergências significativas que podem atuar a favor de gestão de projetos, paradas de manutenção e gestão de rotina, um ponto sensível e negligenciado nas organizações.
Poucos consultores e empresas tiveram oportunidade de aferir essa afirmação em projetos de alta complexidade. Por isso percebemos a importância de eventos, treinamentos e workshops que passamos a promover via Academia Plaorc, a partir de 2023. Esperamos com isso exercitar a frase que está em todas as nossas propostas e materiais: resultados sem desperdícios para um mundo melhor.
PLAORC Engenharia e Consultoria
(*)A abordagem atual do PMI enquadrou a sexta edição com suas tradicionais áreas de conhecimento num mesmo partamar que a metodologia ágil, como maletas de ferramentas, todas subordinadas à sétima edição, esta focada em comportamento e posturas.